Otto Anderson está reformado e ainda não se adaptou à ausência da mulher, que morreu há algum tempo. Constantemente a idealizar formas de pôr termo à própria vida, a dor transformou-o numa pessoa quezilenta e amargurada. Mas tudo se altera quando uma família se muda para a casa ao lado da sua. Se, a princípio, a presença dos novos vizinhos é mais um motivo de irritação para Otto, que simultaneamente os despreza e inveja, aos poucos vai-se deixando conquistar pela enorme generosidade e alegria de viver que eles vão demonstrando. É assim que, deixando-se tocar pelo amor e pela amizade, o velho senhor vai retomando o gosto pela existência.